quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Galinha-d'angola





galinha-d'angola (Numida meleagris), também conhecida por guinécocagalinha-do-matocapotecapota,1 2sakuépintada, picota (na Amazônia) ou fracacakuê (em algumas regiões da Bahia) é uma ave da ordem dosGalliformes, originária da África e introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses, que a trouxeram da África Ocidental.
No Brasil, a ave é conhecida por vários nomes, dependendo da região, sendo chamada de cocátô fraco (em decorrência do som característico, emitido pelas fêmeas das espécie) ou angolista, ou ainda, erroneamente, de galinhola. É conhecida também por servir de oferenda em alguns rituais, especialmente para Oxum.

Comportamento[editar | editar código-fonte]

As aves ficam nervosas facilmente. São extremamente agitadas, muitas vezes chegando ao stress. São aves de bando: vivem em bandos, locomovem-se em bandos e precisam do bando para se reproduzir, pois só assim sentem estímulo para o acasalamento. E, como grupo, são organizadas. Cada grupo tem seu líder, o que é fácil de constatar no momento em que se alimentam: o líder vigia enquanto seus companheiros comem e, só depois de verificar que está tudo em ordem, é que começa a comer.
São aves rústicas e fáceis de criar, excepto num ponto: deixadas soltas, escondem os ninhos com o requinte de botar osovos em camadas e ainda cobertos por palha ou outro material disponível.
As galinhas-d'angola não são boas mães, raramente entrando no choco. Fazem posturas conjuntas, com ninhadas de até quarenta ovos dispostos em camadas. Desta forma, somente os ovos de cima recebem o calor da ave e eclodem. São inquietas e arrastam os pintos para zonas húmidas, podendo comprometer a sobrevivência deles. Em criações em cativeiro, é recomendável recolher os ovos e colocá-los em incubadoras ou fazê-los chocar por uma galinha.

Subespécies[editar | editar código-fonte]

Existem nove subespécies:3
  • Numida meleagris sabyi Hartert, 1919
  • Numida meleagris galeata Pallas, 1767
  • Numida meleagris meleagris (Linnaeus, 1758)
  • Numida meleagris somaliensis Neumann, 1899
  • Numida meleagris reichenowi Ogilvie Grant, 1894
  • Numida meleagris mitrata Pallas, 1767
  • Numida meleagris marungensis Schalow, 1884
  • Numida meleagris damarensis Roberts, 1917
  • Numida meleagris coronata Gurney, 1868

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • (em inglês) BirdLife International (2004). Numida meleagris2006 IUCN Red List of Threatened SpeciesIUCN 2006. Acesso a 03.11.2007.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]





terça-feira, 11 de agosto de 2015

Pavão Albino



PAVÃO - Pavo cristatus
O pavão é uma ave natural de Burma, Ceilão, Java, Malaia e Congo. Essa ave não migrou sozinha, sendo introduzida pela mão do homem, seu grande admirador.

Existem relatos na Bíblia, no Livro dos Reis, capítulo 10, versículo 22, onde aparecem os primeiros registros dessa ave. Aos fenícios devemos os primeiros créditos de importação do pavão , quando o levaram para o Egito como presente ao Faraó.
O rei Salomão estimava essa ave tanto como o ouro e a prata. Alexandre, o Grande (300 A.C.) o introduziu na Grécia. Espalhou-se pelo Império Romano e, já no século XIV, era encontrado na França, Inglaterra e Alemanha.
O pavão é sempre lembrado como uma ave sagrada na maioria dos países orientais. Em países onde ele não possui essa conotação era oferecido como fina iguaria.

Consta que vários nobres, quando queriam destacar-se em festas, mandavam servi-lo. Esse fato era bastante freqüente na corte inglesa.
Os maometanos têm o pavão como um ser de azar pois, segundo os ensinamentos de sua religião, essa ave guiou a serpente para a árvore do conhecimento, no jardim do Édem.
E, por isso, sob o ponto de vista de sua religião, vive sob etérna praga. O fato é que o pavão desperta paixão.
É uma ave muito linda e cobiçada e, pelo fato de ser tão atraente, esta normalmente associada à vaidade e ao poder.

CLASSIFICAÇÃO
classe........................................................neornithe ordem........................................................galiforme família........................................................phasanidae gênero.......................................................pavo espécie......................................................pavão indiano, pavão verde e pavão do Congo Existem mutações no pavão indiano, das quais resultaram o pavão branco e o de ombros negros.
O cruzamento do pavão branco com o azul resulta numa linda ave denominada arlequim.

CARACTERISTICAS GERAIS: Peso do macho: 3.900 grs peso da fêmea: 3.300 grs Peso do ovo: 103 grs maturidade sexual do pavão azul, branco, arlequim e ombros negros: 2 anos maturidade sexual do pavão verde: 3 anos O pavão, de um modo geral, é uma ave muito dócil, facilmente adaptável e que pode viver, segundo relatos, até cinqüenta anos.

O pavão é dono de uma plumagem exuberante, multicolorida e em tons de branco, azul, verde, dourado ou negro. As cores são muito intensas. Possui um bailado na época do acasalamento que evidencia, ainda mais, o brilho e a cor de sua plumagem. Adora dormir na copa das árvores.
Comportamento este adquirido desde os primórdios de sua existência, pois, somente assim, ele deixa de despertar a atenção dos predadores.
Como foi dito anteriormente o pavão é um ser muito sociável e afeiçoa-se ao seu tratador. Pode ser mantido solto.

Todavia, se a ave for recém introduzida no local sugere-se que o casal permaneça fechado durante 15 dias.
Após este período deve-se soltar o macho e colocar ração e água do lado de fora do viveiro. Após 15 dias pode-se soltar a fêmea e, assim, o casal permanecerá onde o proprietário quiser.

Os machos, na época de acasalamento, demarcam seu território através de brigas onde usam as fortes asas e a espora, mas é raro ver uma disputa sangrenta. Normalmente, pode-se criar pavões em viveiros coletivos, misturando-se vários machos às fêmeas. Um macho pode cobrir até 3 fêmeas. Quantidade maior que essa não é recomendada, pois pode diminuir a porcentagem de nascimentos.
Aqui no Brasil a época de procriação vai de setembro a janeiro, quando a fêmea põe, em média, 23 ovos, que eclodem após 28 a 30 dias.

INCUBAÇÃO Pode ser chocado pela própria mãe, por galinhas, por peruas e, também, por incubadoras automáticas. Neste caso usa-se a temperatura de 90 graus Farenheit. Alguns criadore optam por 95 graus Farenheit.
A pavoa é, comprovadamente, uma boa mãe. Tanto que, muitas vezes, na época de choca, ela prefere morrer a deixar o ninho quando atacado por predadores.
A linda cauda do pavão não possui somente a finalidade de o ornamentar. Serve, também, de apoio durante o coito.
As penas não podem ser arrancadas das aves, pois a dor as levaria à morte. No final de janeiro, normalmente, elas começam a se desprender e, após 30 dias, todas já caíram.
Depois de um mês começa o processo de reposição, nascendo novas plumas que atingem seu tamanho total na próxima estação de procriação.

ALIMENTAÇÃO: Antigamente pensava-se que se devia oferecer, ao pavão, frutas, queijos e comidas exóticas.
Naturalmente que adoraria receber este trato, mas ele precisa de proteína constante, pôr isso, aconselhamos fornecer-lhe ração de galinha a granel ou em "pelets".
época ração de 1 a 60 dias...........inicial de 60 a 120 dias............................crescimento após 120 dias......................................engorda de agosto a janeiro.................reprodução após janeiro .................................manutenção.
Nas primeiras quarenta e oito horas de vida os filhotes possuem, ainda, uma reserva de alimento. Deverão estar em um local arejado e abrigados do frio e do vento. temperatura ideal das criadeiras: as primeiras 48 horas..................................38 graus Célsius primeira semana...........................................36 graus Célsius segunda semana...........................................31 graus Célcius terceira semana............................................28 graus Célcius

Pode-se dar frutas e verduras como complemento de sua alimentação. Uma sugestão para alimentarmos filhotes na primeira quinzena de vida: ovos cozidos amassados com garfo. O importante é fornecer, sempre, uma ração de boa qualidade, água limpa e um ambiente seco e livre de vento.

VERMIFUGAÇÃO: O uso de vermífugo é muito importante na criação do pavão. A partir de dois meses de idade a ave deve ser vermifugada mensalmente, até os 8 meses. Após deve-se vermifugá-lo 2 vezes ao ano.

VIVEIROS: Os filhotes, quando incubados em criadeira devem ser colocados em ambientes suspensos, secos e livres de correntes de ar. Deve haver fornecimento de calor artificial por meio de campânulas a gás ou elétrica.
A ração e a água devem ficar longe da fonte de calor e o ambiente deve possibilitar a avezinha sair de baixo do aquecedor quando desejar. Lembre-se: muito calor pode desidratar a ave levando-a à morte.
Semanalmente, vá diminuindo a quantidade de calor disponível até que o filhote, já emplumado nas costas, não necessite mais de aquecimento.

A partir desse momento pode-se colocá-lo em um viveiro onde possa receber sol. Mas deve ser recolhido à noite ou por ocasião de chuvas.
Evite sempre ambiente sujo, pois a umidade dos detritos fazem proliferar bactérias e fungos que, sobretudo nos pavões, atacam as vias respiratórias.
O ambiente, portanto, deve estar sempre bem monitorado.

MERCADO: O mercado de aves ornamentais é muito grande e nossa atual produção de pavões (cerca de 1.000 aves por safra) não é suficiente para três meses de vendas. Após este período estamos sempre comprando aves criadas por nossos clientes para atender a esse mercado emergente.

Não existe uma raça mais solicitada que outra. Todavia, o pavão verde - que custa cerca de R$ 750,00 e é mais raro - é mais procurado, existindo, quase sempre, poucos casais disponíveis. As aves são vendidas, em casais, após os 6 meses de vida.

Tucano



São designadas por tucano as aves da família Ramphastidae que vivem nas florestas da América Central e América do Sul. Possuem um bico grande e oco. A parte superior é constituída por trabéculas de sustentação e a parte inferior é de natureza óssea. Não é um bico forte, já que é muito comprido e a alavanca, (maxilar) não é suficiente para conferir tal qualidade. Seu sistema digestivo é extremamente curto, o que explica a sua base alimentar, já que as frutas são facilmente digeridas e absorvidas pelo trato gastrointestinal.
Além de serem frugívoros (comerem fruta), necessitam de um certo nível proteico na dieta, o qual alcançam caçando alguns insetos, pequenas presas (como lagarto, perereca, etc) e mesmo ovos de outras aves. Possuem pés zigodáctilos (dois dedos direcionados para frente e dois para trás), típicos de animais que trepam em árvores. São monogâmicosterritorialistas (vivem e se reproduzem em casal isolado). Não há dimorfismo sexual e a sexagem pode ser feita por análise de seu DNA.1 A fêmea e o macho trabalham no ninho, que é construído em ocos de árvores. A fêmea choca e o macho alimenta-os.
Fazem postura de três a quatro ovos, cujo período de incubação é de dezoito dias.[carece de fontes]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O termo "tucano" se originou do termo tupi para essas aves: tu'kã.2

Lista de espécies[editar | editar código-fonte]

Aulacorhynchus[editar | editar código-fonte]

Pteroglossus[editar | editar código-fonte]

Tucano no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro, no Brasil.

Andigena[editar | editar código-fonte]

Xilogravura de um tucano

Selenidera[editar | editar código-fonte]

Ramphastos[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons possui imagens e outras mídias sobre Tucano

Galeria de imagens[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Ir para cima Viala, V. L.; Souza, E. B.; Tarosso, L. F. S.; Oliveira, F. P. (2006) Caracterização da variabilidade genética em indivíduos cativos de Ramphastos toco (Piciformes: Ramphastidae) mediante o uso de RAPD como marcador molecular. Revista Brasileira de Ornitologia 14 (1), 29-34 [1].
  2. Ir para cima FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 724.
  • Jacamars (em Inglês) IOC World Bird List Gill, F & D Donsker (Eds). (15 de abril de 2014). Visitado em 8 de maio de 2014.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Socozinho



Socozinho

O socozinho é uma ave da ordem Pelecaniformes da família Ardeidae. Conhecido também como socó-estudante, soco-í e socó-mirim (Pará), socó-mijão e socó-tripa.

Nome Científico

Seu nome científico significa: Butorides - do gênero Butor = bútio + ides, do grego = semelhante, parecido; striatus - do latim striatus = faixa, listra. ⇒ Ave semelhante as do gênero Butor com estrias.

Características

Tem cerca de 36 centímetros. É inconfundível, devido às suas pernas curtas e amarelas e pelo seu andar agachado. Pode exibir um eriçado topete azulado quando agitado.

socozinho adulto

socozinho jovem

Subespécies

Possui vinte subespécies:
  • Butorides striata striata (Linnaeus, 1758) - ocorre no Leste do Panamá e em toda a América do Sul até o Norte da Argentina e do Chile;
  • Butorides striata atricapilla (Afzelius, 1804) - ocorre na África ao Sul do Deserto do Saara e nas Ilhas do Golfo da Guine;
  • Butorides striata javanica (Horsfield, 1821) - ocorre em Taiwan, nas Filipinas e em Sulawesi;
  • Butorides striata chloriceps (Bonaparte, 1855) - ocorre no subcontinente Indiano, em Sri Lanka e nas Ilhas Lacadivas;
  • Butorides striata brevipes (Hemprich & Ehrenberg, 1833) - ocorre no Mar vermelho e no Norte da Somália.
  • Butorides striata amurensis (Schrenck, 1860) - ocorre na Manchuria até o Nordeste da China, no Japão, e nas ilhas Ryukyu e Bonin;
  • Butorides striata rutenbergi (Hartlaub, 1880) - ocorre em Madagascar;
  • Butorides striata crawfordi (Nicoll, 1906) - ocorre em Aldabra e nas ilhas Amirante;
  • Butorides striata rhizophorae (Salomonsen, 1934) - ocorre nas Ilhas Comores;
  • Butorides striata degens (Hartert, 1920) - ocorre nas ilhas Seycheles;
  • Butorides striata albolimbata (Reichenow, 1900) - ocorre na Ilha de Diego Garcia, na ilha de Chagos e no arquipélago das Maldivas;
  • Butorides striata actophila (Oberholser, 1912) - ocorre do Leste da China até o Norte do Vietnam e no Norte de Myanmar;
  • Butorides striata spodiogaster (Sharpe, 1894) - ocorre nas Ilhas Andaman, Nicobar e nas ilhas ao Oeste de Sumatra;
  • Butorides striata moluccarum (Hartert, 1920) - ocorre nas Ilhas Moluccas;
  • Butorides striata papuensis (Mayr, 1940) - ocorre nas Ilhas Aru e no Noroeste da Nova Guiné;
  • Butorides striata idenburgi (Rand, 1941) - ocorre na região Norte e central da Noba Guiné;
  • Butorides striata stagnatilis (Gould, 1848) - ocorre no Nordeste da Austrália;
  • Butorides striata macrorhyncha (Gould, 1848) - ocorre no Leste de Queensland, na Nova Caledônia e nas Ilhas Loyalty;
  • Butorides striata solomonensis (Mayr, 1940) - ocorre na Melanesia (de New Hanover até o Oeste de Fiji);
  • Butorides striata patruelis (Peale, 1848) - ocorre no Tahiti, nas ilhas Sociedade.

Alimentação

Alimenta-se de peixes, insetos aquáticos (imagos e larvas), caranguejos, moluscos, anfíbios e répteis. Permanece imóvel por longos períodos, empoleirado sobre a água ou em suas proximidades, à espera de presas.

socozinho se alimentando

Reprodução

Vive solitário o ano inteiro. No período reprodutivo, costuma fazer seu ninho separado das demais aves da família ou mesmo da espécie, sendo raro encontrar colônias desse socó. Não chega a desenvolver uma plumagem especial de reprodução como as garças. A íris e as pernas ficam vermelhas nessa fase. Constrói seu ninho sobre árvores ou arbustos nos brejais. Os ovos são esverdeados ou verde-azulados (às vezes brancos ou esbranquiçados), uniformes. Põe 3 ou 4 ovos por ninhada.
Os adultos costumam coletar o alimento da prole a grande distância do ninhal. A procriação procede geralmente no início ou no fim da estação seca, quando o alimento para as aves aquáticas é normalmente mais farto.

Casal de socozinho

Ninho de socozinho

Ovo de socozinho

Filhote de socozinho

Hábitos

Pode ser encontrado em praticamente qualquer lugar onde haja água. Tanto no interior do continente como nos manguezais. Émigratório. Anda como se esgueirasse, a passos largos e como se observasse um perigo ou uma oportunidade. Voa devagar, com o pescoço encolhido e as pernas esticadas. Para dormir, não volta a cabeça para trás, e sim mantém o bico dirigido para a frente. Costuma colocar o bico verticalmente para baixo de encontro ao peito dentre a plumagem, o qual oculta completamente. Gosta de dias chuvosos e escuros, sente-se à vontade tanto com espécies noturnas como diurnas.

Bando de socozinho

Distribuição Geográfica

Presente em todo o Brasil e nas regiões de clima quente ao redor do planeta, na América, África, Ásia, Austrália e ilhas do oeste do Oceano Pacífico.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

  • Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição - FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas Ed. Dalgas Ecoltec - Ecologia Técnica Ltda Pág. 214