segunda-feira, 27 de julho de 2015

Garça Branca Pequena



Garça-branca-pequena

A garça-branca-pequena é uma ave da ordem Pelecaniformes da família Ardeidae. Também conhecida como garcinha-branca, garça-pequena e garcinha.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (francês) aigrette = garça; e do (araucano) thula = de pescoço negro. ⇒ Garça de pescoço negro. Este nome foi dado a garça-branca-pequena (Egretta thula) em erro cometido por Molina (1782): “Ardea thula, nome, che viene dalla lingua Chilese”) (Egretta).

Características

Mede de 51 a 61 centímetros de comprimento e apresenta grandes egretes no período reprodutivo. (Egrete: Zool. Feixe de plumas alongadas que enfeitam a cabeça de algumas garças na época de reprodução) mais evidenciado nos machos. Totalmente branca. Bico e tarsos negros e pés amarelos. A plumagem é rica em pó, o qual é produzido por plumas de pó concentradas no peito e nos lados do corpo.

garça-branca-pequena adulto

garça-branca-pequena jovem

Alimentação

Alimenta-se de peixes de forma bastante ativa. Apreciam também insetos, larvas, caranguejos, anfíbios e pequenos répteis.

garça-branca-pequena se alimentando

Reprodução

Associam-se em colônias formando ninhais com outras espécies, o casal constrói uma plataforma de galhos secos sobre uma árvore, geralmente próxima a água, onde são postos, com 2 ou 3 dias de intervalo, de 3 a 7 ovos esverdeados ou verde-azulados que medem cerca de 43 por 32 milímetros cada um. Estes ovos são incubados pelo casal durante 25 a 26 dias e, quando nascem os filhotes, que são nidícolas, os pais fornecem-lhes alimento regurgitado.

Casal de garça-branca-pequena

Ninho de garça-branca-pequena

Ovo de garça-branca-pequena

Filhote de garça-branca-pequena

Hábitos

Habita bordas de lagos, rios, banhados e à beira - mar. Comum em manguezais, estuários e poças de lama na costa, sendo menos numerosa em pântanos e poças de água doce.
Vivem em grupos e migram em pequenas distâncias para dormir.

garça-branca-pequena (Egretta thula)

Distribuição Geográfica

Todo o Brasil e desde o sul dos Estados Unidos e Antilhas à quase totalidade da América do Sul.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Curiosidades e particularidades

No período que antecede a reprodução, um grande número de garças-brancas-pequenas e grandes podem ser encontradas nos lagos, rios, represas e espelhos d’água da cidade de São Paulo. Como seus dormitórios são estabelecidos em árvores próximas à essas coleções de água, muitas vezes o excesso de suas fezes ácidas pode causar danos temporários à vegetação.
Por outro lado essas duas espécies de garças cumprem importante papel no controle das populações de peixes nos lagos e represas eutrofizadas como os lagos dos Parques Ibirapuera e Aclimação, além das Represas Billings e Guarapiranga.

Referências

domingo, 26 de julho de 2015

Pé Vermelho



-vermelho

Além de -vermelho também pode ser chamado de picassinha (Rio Grande do Sul), marreca-ananai, ananaí, asa-de-seda, paturi (sertão de Pernambuco e Bahia) ou até do seu primeiro nome amazonetta que vem do seu nome científico Amazonetta brasiliensis, vive em banhados onde retiram seu alimento e criam seus filhotes e próximo a eles fazem os seusninhos.

Nome Científico

Seu nome científico significa: de Amazon = referente ao Rio Amazonas; e do (grego)nëtta = pato; e de brasiliensis = referente ao Brasil, brasileiro. ⇒ Pato brasileiro do rio Amazonas.

Características

Marreco de pequeno porte, com cores para uma boa camuflagem e com um toque verde e branco belíssimos (encontrado nas asas), será muito difícil ver esse tipo de marreco só, voam sempre em casais ou em bandos com até cinco exemplares e voam geralmente em silêncio e com velocidade.
  • O macho: Possui o bico vermelho e possui maior quantidade de verde nas asas.
  • A fêmea: possui o bico preto e manchas brancas na base do bico e acima dos olhos.
Outra característica que diferencia os sexos (porém pouco marcante) é a mancha preta que o macho possui na parte posterior da cabeça (nuca). Como é delimitada gradualmente, e não tem contornos contrastados e bem definidos, passa despercebida, mas observando-se com atenção, nota-se que somente está presente no macho, sendo que na fêmea essa região é marrom.
Outra distinção entre os sexos é a vocalização, ou seja, o som emitido por cada um: o macho emite um som agudo, muito similar a um assobio (sibilo); a fêmea, por sua vez, emite um grasnado não muito grave.

-vermelho macho

-vermelho fêmea

-vermelho jovem

Subespécies

Possui duas subespécies:
  • Amazonetta brasiliensis brasiliensis (Gmelin, 1789) - ocorre na Colômbia, Venezuela e Brasil;
  • Amazonetta brasiliensis ipecutiri (Vieillot, 1816) - ocorre no Leste e Sul do Brasil até o Leste da Bolívia, e no Uruguai e Argentina.

Alimentação

Alimentam-se em banhados onde encontram pequenos crustáceos, pequenos peixes e invertebrados (ex: minhocas e insetos d'água…).

-vermelho se alimentando

Reprodução

Reproduzem geralmente no fim do verão ao começo do inverno, fazem seus ninhos em touceiras perto dos banhados onde depositam seus ovos, têm de seis até nove filhotes (já foram vistas ninhadas com 10 ou 11 filhotes) que ficam com a mãe até atingirem a capacidade de voar.
Na época da postura, a fêmea desenvolve uma protuberância relativamente grande na região posterior do abdome, bem próxima da cloaca, ficando “barrigudinha”, pelo que se sabe claramente que está em fase de postura. Apesar desse fato ser comum em diversas espécies de anatídeos, nessa espécie, tal característica se torna mais evidente por ela possuir a parte traseira do abdome bastante esguia e delgada.

Casal de -vermelho

Ninho de -vermelho

Ovo de -vermelho

Filhote de -vermelho

Hábitos

Passam grande tempo dentro da água e nas margens procurando alimento, voam apenas quando estão em perigo, são de hábito diurno mas costumam passear também a noite, são aves que vivem pacificamente muito bem com outros anseriformes como a marreca irerê.

Bando de -vermelho

Predadores


caracará (Caracara plancus)

Distribuição Geográfica

Ocorre em todo Brasil.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Garça-Branca-Grande



Garça-branca-grande

A garça-branca-grande (Ardea alba, sinônimo Casmerodius albus), também conhecida apenas como garça-branca, é uma ave da ordem Pelecaniformes. É comum à beira dos lagos, rios e banhados. Foi muito caçada para a retirada de egretas - penas especiais que se formam no período reprodutivo - para a indústria de chapéus para mulheres.
Pode ser confundida com a garça-branca-pequena (Egretta Thula).

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (latim) ardea = garça; e do (latim) alba, albus = sem brilho, branco. ⇒ garça branca.

Características

Mede cerca de 90 centímetros. Seu corpo é completamente branco. É facilmente identificada pelas longas pernas e pescoço, característica dos membros da família. O bico é longo e amarelado, e as pernas e dedos pretos. Apresenta enormes egretas (penas especiais que se formam no período reprodutivo). A íris é amarela.
Muitas pessoas pensam que a garça-branca-pequena (Egretta thula) é o filhote da garça-branca-grande, porém trata-se de uma espécie à parte, que difere da última por apresentar a ponta do bico e as pernas escuras, enquanto a base do bico e os pés são amarelados, sendo também menor.

garça-branca-grande adulto

garça-branca-grande jovem

Alimentação

Alimenta-se principalmente de peixes, mas já foi vista comendo quase tudo o que possa caber em seu bico. Pode consumir pequenos roedores, anfíbios, répteis, insetos e até lixo. Em pesqueiros aproxima-se muito dos pescadores para pegar pequenos peixes por eles dispensados, chegando a comer na mão. É muito inteligente e pode usar pedaços de pão como isca para atrair os peixes dos quais se alimenta. Engole às vezes cobras e preás. Aproxima-se sorrateiramente com o corpo abaixado e o pescoço recolhido e bica seu alimento, esticando seu longo pescoço. Há relatos de pessoas que afirmam que atacam ninhos de pequenas aves em áreas de mangue, onde costumam se alimentar.

garça-branca-grande se alimentando

Reprodução

Na época da reprodução os indivíduos de ambos os sexos apresentam longas penas no dorso chamadas egretas. Estas egretas foram por muito tempo moda como adorno de chapéus e roupas na Europa e a demanda pelas penas levou centenas de milhares de garças à morte justamente em seu período reprodutivo. Felizmente é uma prática quase inexistente hoje em dia e a população desta garça é bem numerosa. Constrói o ninho, grande e feito de gravetos, em ninhais que podem ter milhares de indivíduos de várias espécies de aves aquáticas.

Casal de garça-branca-grande

Ninho de garça-branca-grande

Ovo de garça-branca-grande

Filhote de garça-branca-grande

Hábitos

Vive em grupos de vários animais à beira de rios, lagos e banhados. É migratória, realizando pequenos deslocamentos locais ou mesmo se deslocando para além dos Andes durante os períodos de enchentes anuais.

Bando de garça-branca-grande

Distribuição Geográfica

Ocorre da América do Norte ao estreito de Magalhães, em todo o Brasil, e também no Velho Mundo. No Brasil é encontrada principalmente no Pantanal, costas do sudeste, nordeste, norte e rios de todo o território.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

sábado, 25 de julho de 2015

Pernilongo de costas brancas



Pernilongo-de-costas-brancas

pernilongo-de-costas-brancas é uma ave charadriiforme da família Recurvirostridae.
Seu nome significa: do (latim) himantopus = pássaro pernalta; com origem no grego himas, himantus = tira, correia; e pous = pé; e do (grego) melanurus com cauda preta. ⇒ Pássaro pernalta com cauda preta.

Características

Mede 38 cm de comprimento. O pernilongo recebe essa denominação popular pelas pernaslongas e pelo bico afilado característico. Distingue-se do pernilongo-de-costas-negras (H. mexicanus) pelo padrão como a máscara negra contorna o olho. Apesar do nome popular, ascostas brancas nem sempre são uma boa característica diagnóstica, pois há muita variação entre indivíduos tanto em H. melanurus quanto em H. mexicanus. Ave localmente migratória, o imaturo apresenta coloração semelhante à do adulto, mas com tons marrons nas partes escuras da plumagem. O adulto apresenta o píleo branco com uma faixa preta que vai do bico até a parte traseira da cabeça, enquanto o jovem apresenta o píleo preto. Espécie comdimorfismo sexual. Fêmeas possuem coloração mais opaca tendendo ao marrom, assim como jovens. Machos possuem coloração preta.

pernilongo-de-costas-brancas adulto

pernilongo-de-costas-brancas jovem

Alimentação

Bica insetos e pequenas presas com seu bico afilado, por vezes caminhando em águas profundas e varrendo de um lado para o outro a superfície da água com o bico semi-aberto.

pernilongo-de-costas-brancas se alimentando

Reprodução

Frequentemente em bandos, nidifica em colônias. Deposita seus ovos em depressões de terrenos secos, chocando ovos de cor ocre, manchados de preto e castanho.

Casal de pernilongo-de-costas-brancas

Ninho de pernilongo-de-costas-brancas

Ovo de pernilongo-de-costas-brancas

Hábitos

Encontrado em lagoas, estuários, praias fluviais e marítimas, manguezais, arrozais e banhados.

Bando de pernilongo-de-costas-brancas

Distribuição Geográfica

Substitui Himantopus mexicanus no Brasil Centro-meridional. Está presente em todo o Brasil, com exceção da área onde ocorre a espécie citada, o norte da Amazônia. Também ocorre no sul do Peru, Bolívia, Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

  • SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009.

Tapicuru de cara pelada



Tapicuru-de-cara-pelada

O tapicuru-de-cara-pelada é uma ave Pelecaniforme da família Threskiornithidae.
Seu nome científico significa: do (grego) phimosus, phimus, phimos = focinho; e do (latim) infuscata, infuscatus, infuscus = escuro, enegrecido. ⇒ Ave escura com focinho ouave negra com focinho.
Também conhecido por maçarico-de-cara-pelada, maçarico-preto, maçarico-do-banhado(sul), chapéu velho e frango-d'água (Pantanal).

Características

Mede cerca de 54cm e possui um longo e característico bico, o qual varia de um amarelo alaranjado até o amarelo vivo, cores que contrastam com o corpo negro. A cara é também amarelada.

tapicuru-de-cara-pelada adulto

tapicuru-de-cara-pelada jovem

Subespécies

Possui três subespécies:
  • Phimosus infuscatus infuscatus (Lichtenstein, 1823) - ocorre do Leste da Bolívia até o Paraguai, Nordeste da Argentina e Uruguai;
  • Phimosus infuscatus berlepschi (Hellmayr, 1903) - ocorre do Leste da Colômbia até as Guianas, no Suriname e na região adjacente do Noroeste do Brasil;
  • Phimosus infuscatus nudifrons (Spix, 1825) - ocorre no Brasil ao Sul do Rio Amazonas.

Alimentação

Alimenta-se de crustáceos, moluscos, caranguejos e inclusive matéria vegetal (sementes e folhas). Procura alimento na água rasa usando o bico para isso, caminhando lentamente. Às vezes deixa um quarto dele submerso assim como guará (Eudocimus ruber).

tapicuru-de-cara-pelada se alimentando

Reprodução

Costumam se isolar em casais ao procriar. Nidificam em juncais. Os ovos são azulados e a incubação varia de 23 a 24 dias.

Casal de tapicuru-de-cara-pelada

Ninho de tapicuru-de-cara-pelada

Ovo de tapicuru-de-cara-pelada

Hábitos

Vivem em brejos, margens de rios, banhados e campos recentemente arados. Dormem em áreas abertas ou pousadas no solo. Já no Pantanal, se reúnem em bandos enormes, voando alto para o local de repouso. De manhã já estão espalhados, atrás de comida.

Bando de tapicuru-de-cara-pelada

Distribuição Geográfica

Ocorre no Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Suriname, Uruguai e Venezuela.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências