Quero-Quero
O quero-quero é uma ave da ordem Charadriiformes da família Charadriidae.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (latim) vanellus = diminutivo de vannus = abibe, (nome popular de uma ave passeriforme que habita Portugal); e chilensis = referente ao pais do Chile, originário do Chile.⇒ Pequena Abibe do Chile ou abibe-do-sul chilense.
Características
Mede 37 centímetros, peso 277 gramas. Possui um esporão pontudo, ósseo, com 1 centímetro de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao peito e ainda umas penas longas (penacho) na região posterior da cabeça, tem um desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o voo.
O que é leucismo?
Subespécies
Possui quatro subespécies:
- Vanellus chilensis chilensis (Molina, 1782) - ocorre da Argentina na região de Comodoro Rivadavia até o Chile, da ilha de Chiloé até a região de Antofagasta; na Argentina na região de Mendoza até Neuquén;
- Vanellus chilensis fretensis (Brodkorb, 1934) - ocorre no Sul da Argentina e no Sul do Chile;
- Vanellus chilensis lampronotus (Wagler, 1827) - ocorre do Sul do Rio Amazonas e a Leste da Cordilheira dos Andes até o Sul do Uruguai, Centro da Argentina na região de La Pampa e Buenos Aires;
- Vanellus chilensis cayennensis (Gmelin, JF, 1789) - ocorre no Norte da América do Sul ao norte do Rio Amazonas.
Indivíduos com plumagem leucística
O que é leucismo?
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O oposto do leucismo é o melanismo.
Alimentação
O quero-quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas. Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.
Reprodução
Na primavera, a fêmea põe normalmente de três a quatro ovos. Nidificam em uma cavidade esgravatada no solo; os ovos têm formato de pião ou pera, forma adequada para rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo manchados, confundindo-se perfeitamente com o solo. Quando os adultos são espantados do ninho fingem-se de feridos a fim de desviar dali o inimigo; o macho, torna-se agressivo até mesmo a um homem. Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após o descascamento do ovo.
Hábitos
Costuma viver em banhados e pastagens; é visto em estradas, campos de futebol e próximo a fazendas, frequentemente longe d'água. O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso invade seus domínios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom proveito da convivência com o quero-quero, pois, conforme a entonação, o grito dessa ave pode significar perigo. Então os grandes roedores procuram refúgio na água.
Essa característica faz do quero-quero um excelente cão de guarda, sendo utilizado por algumas empresas que possuem seu parque fabril populado por estas aves.
Predadores
Distribuição Geográfica
O quero-quero é uma ave típica da América do Sul, sendo encontrado desde a Argentina e leste da Bolívia até a margem direita do baixo Amazonas e principalmente no Rio Grande do Sul, no Brasil. Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas.
Referências
- WikiPedia, a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Quero-quero>. Acessado em: 17 abr. 2009
- EMBRAPA, Fauna de Vertebrados Selvagens de Campinas - Quero-Quero. Disponível em: <http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/queroq.html>. Acessado em: 17 abr. 2009
- Helmut Sick, 1988. “Ornitologia Brasileira”.
- Marco Antonio de Andrade, 1997. “Aves Silvestres - Minas Gerais”.
- John S. Dunning & William Belton, 1993. “Aves Silvestres do Rio Grande do Sul”.
- CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.
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