quinta-feira, 23 de julho de 2015

Quero-Quero







Quero-Quero


O quero-quero é uma ave da ordem Charadriiformes da família Charadriidae.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (latim) vanellus = diminutivo de vannus = abibe, (nome popular de uma ave passeriforme que habita Portugal); e chilensis = referente ao pais do Chile, originário do Chile.⇒ Pequena Abibe do Chile ou abibe-do-sul chilense.

Características

Mede 37 centímetros, peso 277 gramas. Possui um esporão pontudo, ósseo, com 1 centímetro de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao peito e ainda umas penas longas (penacho) na região posterior da cabeça, tem um desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o voo.


Voz: “tero-tero”. Esse som é emitido dia e noite.

quero-quero adulto

quero-quero jovem

quero-quero (Vanellus chilensis) exibindo o esporão para a rival.




Subespécies

Possui quatro subespécies:
  • Vanellus chilensis chilensis (Molina, 1782) - ocorre da Argentina na região de Comodoro Rivadavia até o Chile, da ilha de Chiloé até a região de Antofagasta; na Argentina na região de Mendoza até Neuquén;
  • Vanellus chilensis fretensis (Brodkorb, 1934) - ocorre no Sul da Argentina e no Sul do Chile;
  • Vanellus chilensis lampronotus (Wagler, 1827) - ocorre do Sul do Rio Amazonas e a Leste da Cordilheira dos Andes até o Sul do Uruguai, Centro da Argentina na região de La Pampa e Buenos Aires;
  • Vanellus chilensis cayennensis (Gmelin, JF, 1789) - ocorre no Norte da América do Sul ao norte do Rio Amazonas.

Indivíduos com plumagem leucística


quero-quero (Vanellus chilensis)

quero-quero (Vanellus chilensis)

quero-quero (Vanellus chilensis)









O que é leucismo?

O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensí­veis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O oposto do leucismo é o melanismo.

Alimentação

O quero-quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas. Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.

quero-quero se alimentando

Reprodução

Na primavera, a fêmea põe normalmente de três a quatro ovos. Nidificam em uma cavidade esgravatada no solo; os ovos têm formato de pião ou pera, forma adequada para rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo manchados, confundindo-se perfeitamente com o solo. Quando os adultos são espantados do ninho fingem-se de feridos a fim de desviar dali o inimigo; o macho, torna-se agressivo até mesmo a um homem. Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após o descascamento do ovo.

Ninho de quero-quero

Casal de quero-quero

Ovo de quero-quero

Filhote de quero-quero

Hábitos

Costuma viver em banhados e pastagens; é visto em estradas, campos de futebol e próximo a fazendas, frequentemente longe d'água. O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso invade seus domí­nios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom proveito da convivência com o quero-quero, pois, conforme a entonação, o grito dessa ave pode significar perigo. Então os grandes roedores procuram refúgio na água.
Essa característica faz do quero-quero um excelente cão de guarda, sendo utilizado por algumas empresas que possuem seu parque fabril populado por estas aves.

Bando de quero-quero

Predadores


gavião-do-banhado (Circus buffoni)

caracará (Caracara plancus)

gavião-caboclo (Heterospizias meridionalis)

Distribuição Geográfica

O quero-quero é uma ave tí­pica da América do Sul, sendo encontrado desde a Argentina e leste da Bolívia até a margem direita do baixo Amazonas e principalmente no Rio Grande do Sul, no Brasil. Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

  • WikiPedia, a enciclopédia livre. Disponí­vel em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Quero-quero>. Acessado em: 17 abr. 2009
  • EMBRAPA, Fauna de Vertebrados Selvagens de Campinas - Quero-Quero. Disponível em: <http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/queroq.html>. Acessado em: 17 abr. 2009
  • Helmut Sick, 1988. “Ornitologia Brasileira”.
  • Marco Antonio de Andrade, 1997. “Aves Silvestres - Minas Gerais”.
  • John S. Dunning & William Belton, 1993. “Aves Silvestres do Rio Grande do Sul”.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

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